Aproximadamente três em cada quatro casos de depressão tem início durante a infância ou adolescência da pessoa, e por muitas vezes passa por anos sem ser detectada, pois ainda mantemos uma visão dos primeiros anos da vida como uma fase paradisíaca em que estamos sempre demonstrando alegria, algo bastante diferente da realidade. O impacto da Depressão durante esta fase da vida pode causar interferência na formação de personalidade do indivíduo acometido, bem como impactar suas habilidades sociais e escolares. Por tanto sua detecção precoce é de suma importâncias a garantir tratamentos.
Por anos esperava-se que a mente infantil seja como a de adultos em miniatura, mas devido a imaturidade do cérebro durante a infância e adolescência, bem como as mudanças psicossociais, devido ao crescimento, as manifestações dos sintomas de depressão durante estes períodos da vida são diferentes daqueles que são esperados na vida adulta. É, por exemplo, mais comum que uma criança ou adolescente apresente perda de interesse por situações prazerosas, parecendo um indivíduo constantemente mal-humorado ao invés da postura adulta de tristeza mais comumente associada a depressão.
Outros fatores como perda de energia, sensação de pensamento lento e irritabilidade também são sintomas que são mais comuns na apresentação juvenil da doença do que em adultos. Infelizmente, os riscos a vida do indivíduo acometido, como tentativas de suicídio e auto mutilação não são reduzidas, portanto uma criança ou adolescente que age contra si mesmo deve ser rapidamente levada para auxílio profissional, pois não é somente uma maneira leviana de chamar atenção.
Os mesmos fatores de causa que em adultos são presentes, como herança genética, alto grau de estresse, flutuações hormonais e infecções, com os agravantes de que estão afetando um cérebro ainda em formação. Torna-se ainda mais preocupante se associado o uso de álcool, tabaco e drogas nesta idade devido a estes motivos.
Os tratamentos são os mesmos que usados para adultos, com ajustes adequados para idade. A psicoterapia para criança pode envolver brincadeiras e outras formas lúdicas de aprendizado, enquanto para adolescentes podem ser trabalhadas individualmente ou em grupo. O tratamento medicamentoso é efetivo e seguro, com manejo das dosagens levando em conta as diferenças de peso, metabolismo e amadurecimento cerebral.
A identificação precoce e tratamento pode garantir uma melhora da qualidade de vida e remissão da doença mesmo durante a vida adulta.
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