O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é caracterizado por pensamentos e comportamentos repetitivos, sem lógica aparente e é descrito como difícil ou quase impossível de controlar os sintomas. O indivíduo portador de TOC apresenta dois sintomas principais chamados de obsessão e compulsão. A Obsessão resume-se em ideias ou imagens que, repetidamente e independente da vontade do sujeito vão a sua mente, ou seja, o indivíduo não consegue parar de pensar por mais incômodos que sejam esses pensamentos. Eles tomam muito tempo da pessoa e interferem, claramente e negativamente, na rotina, atividades e relacionamento do indivíduo.
As compulsões aparecem como um alívio para o sintoma descrito anteriormente, são atos ou rituais repetidos, excessivos, mágicos e até irracionais que o indivíduo deve fazer até aliviar ou evitar estes pensamentos e sensações que causam grande mal-estar. Caso a pessoa se encontre impedida de realizar estes atos compulsivos ela pode sentir muita ansiedade. Ou seja, para sentir-se melhor o indivíduo se escraviza. É importante ressaltar que o alívio gerado pelas compulsões não são sentidos como prazerosos.
A transação entre estes principais sintomas se baseiam em estímulos externos (ex. sujeira) e internos (ex. pensamentos em contaminar-se) que provoca um grande desconforto trazendo a tona medos descabidos, dúvidas insolúveis e incansáveis buscas por alívio e na maioria dos casos, não há somente um pensamento ou uma ideia causando desconforto, e sim várias.
A evolução do transtorno não significa piora progressiva, porém os rituais tendem a ficar mais sedimentados no indivíduo com o passar do tempo. Neste transtorno não há melhora sem tratamento médico e psicológico, a pessoa pode passar anos sem ser diagnosticada causando uma piora no quadro e, causando outros transtornos mentais a associar-se, como Transtorno Ansiosos, Transtornos depressivos e transtornos de humor.
O Transtorno Obsessivo Compulsivo é um transtorno extremamente heterogêneo, apresenta-se em muitas formas e abrange diversos fatores na vida do indivíduo. É importante buscar tratamento assim que pessoa se identifica ou é diagnosticada.